sexta-feira, 14 de maio de 2010

Anorexia nervosa



Os primeiros casos de anorexia nervosa foram descritos no século XVII. Em linhas gerais, esse distúrbio acomete especialmente as mulheres mais jovens e e caracterizado pelo medo patológico de engordar, pela preocupação neurótica com o numero de calorias ingeridas, pela distorção da auto-imagem e por alterações hormonais.


Normalmente, a pessoa não admite que esta doente e e a família quem procura ajuda- médicos, nutricionistas, psicólogos- depois de um bom tempo .


Para o diagnostico, os médicos se baseiam em 5 critérios principais:

1- Recusa a manutenção do peso corpóreo dentro da faixa de normalidade;

2- Medo intenso de ganhar peso ou ficar obesa, embora o peso esteja abaixo do normal;

3- Distúrbio na forma de interpretar o peso e a forma do corpo ( distorção da auto-imagem )

4- Não reconhecimento do perigo a saúde representando por um peso tão baixo.

5- Amenorréia (suspensão das menstruações ) por pelo menos 3 ciclos menstruais consecutivos.


A doença geralmente surge em adolescentes que perderam peso depois de um problema de saúde ou de regime para emagrecer.


Costuma estar associada ao perfeccionismo, a introversão e a dificuldade de relacionamento social. Os familiares dizem em geral que a paciente foi uma criança adorável, responsável e prestativa, mas que nos últimos tempos começou a mudar.


Geralmente, são meninas dinâmicas e responsáveis, que passam a apresentar interesse exagerado pelo numero de calorias contidas nos alimentos, a preparar a própria comida,a inventar compromissos no horário das refeições para não se sentar a mesa coma família, a fazer exercícios físicos exaustivos, a se afastar das amizades e a concentra-se obsessivamente nos estudos ou no trabalho.


A escolha do cardápio e determinada pro conhecimentos confusos, adquiridos em revistas femininas e em sites pouco criteriosos. Os alimentos escolhidos são os que apresentam o mais baixo conteúdo calórico. As porções são mínimas, com excesso de condimento, ingeridas lentamente, muitas vezes com talheres inadequadamente pequenos. A seqüência dos pratos se torna bizarra ( sobremesa seguida de comida salgada ) ; a contagem de calorias, obsessiva.


A perseguição da magreza a qualquer custo se torna um prazer. A auto-estima passa a depender basicamente do peso e da forma do corpo, fica rebaixada e, especificamente, ligada ao medo de perder o controle sobre o apetite. Algumas dizem preferir morrer a engordar.


Muitas vezes, fazem uso de purgativos e diuréticos, tomam formulas para emagrecimento e provocam vomito toda vez que ingerem algumas calorias a mais.


Na faze crônica da enfermidade, reagem com raiva aos esforços de lhes alterar o comportamento, tornam-se manipuladoras, dependentes dos familiares e dos médicos, e restringem cada vez mais suas atividades – comportamentos causadores de conflitos familiares.


Nos casos típicos, a família leva tempo para perceber o que se passa, porque a doente esconde dos pais e dos amigos a restrição alimentar rigorosa a que se submete.


A auto-imagem fica tão distorcida que uma menina de 30 a 40 quilos, nas fases mais avançadas, e capaz de se julgar obesa. Na internet, há sites de mulheres anorexicas, com corpos literalmente esqueléticos, dos quais se orgulham a ponto de exibi-los sem roupa.


Com o tempo, surgem irritabilidade, distúrbios de humor, recolhimento social, ruminações obsessivas, rituais desprovidos de sentido, perda de atenção e da capacidade de concentração. Quadros de depressão são freqüentes.


A menstruação são interropidas porque a desnutrição interfere no equilíbrio dos hormônios sexuais.


A hiperatividade permanente provoca distúrbios do sono.

Nos casos mais graves, às vezes associados ao consumo de drogas ilícitas, surgem os vômitos: no inicio, há necessidade de enfiar o dedo na garganta; com o tempo, basta contrair seguidamente os músculos abdominais.


Diuréticos e laxantes fazem perder água e dão sensação de emagrecimento. Ao lado do liquido, há perdas importantes do potássio que podem levar a arritmia e parada cardíaca.


A ma nutrição provoca o aparecimento de penugem especialmente na face, queda de cabelo, ressecamento e descamação da pele, deficiência de vitaminas e perda de proteínas.


À medida que o quadro se agrava, os estoques de glicose armazenada no fígado sob a forma de glicogênio são esgotadas e as reservas gorduras são mobilizadas, para garantir o aporte calórico. O hálito fica com cheiro de acetona.


Mas tarde, ocorre mobilização das proteínas, perda de água do interior das células, desequilíbrio de sais minerais, alterações da função tireoidiana e outras complicações metabólicas.


A doença e grave. Mesmo depois do ganho de peso associado ao tratamento, as recaídas são freqüentes.

A mortalidade e alarmante: varias de 5 a 20% dos casos.


O tratamento exige equipe multidisciplinar: médicos, psicólogos e nutricionistas.


A pesar dos distúrbios biológicos e psicológicos, nenhum medicamento demonstrou resposta significativa na anorexia. Por essa razão, os remédios devem ser usados apenas para combates os distúrbios psiquiátricos associados (depressão, ansiedade etc.).


Como a doença persiste por anos, o aconselhamento nutricional e psicológico deve ser continuado.


EVITAR O PIOR:

  • A hospitalização e necessária nas fases em que a desnutrição ameaça a vida. Muitos psiquiatras recomendam internação compulsória nesses casos (mesmo contar a vontade da paciente).

Quando o IMC esta extremamente baixo (menos que 13) ou a perda de peso foi muito rápida, a hospitalização e obrigatória, porque há risco de morte

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